quarta-feira, 19 de outubro de 2011

SyncroPC is back: It isn’t a choice, but if it was...

SyncroPC de novo postando, gente. Espero não incomodar muito a apreciação de vocês ao blog da A., rs.

Hoje eu queria falar sobre uma coisa que eu penso já há algum tempo, mas normalmente eu não tenho com quem discutir. Não quero impor o que vou dizer aqui a ninguém, mas acho um tópico de discussão interessante, um assunto que sempre me fez pensar, e quem sabe poderíamos discutir mais nos comentários.

Acho que todos aqui já devem ter presenciado, alguma vez, em meio a algum discurso a respeito da não-heterossexualidade, principalmente no que diz respeito ao tópico “opção x orientação sexual” aquelas célebres palavras que muitos enchem o peito para dizer: “Ser gay não é uma opção. Eu nasci assim.” E, às vezes, ainda mais, vindas sob a forma do “Você acha que eu escolhi ser gay? Se eu pudesse escolher, eu escolheria ser comum e não ser alvo de preconceitos, é claro! Seria muito mais fácil para mim!

Mas aqui e agora, eu lanço a pergunta a vocês: Se você pudesse escolher, você seria hétero?

Eu quero dizer, é claro que eu, como gay, entendo muito bem o que passa na cabeça das pessoas antes de fazerem afirmativas como essas. Afinal, não ser heterossexual não é fácil pra ninguém, muito pelo contrário. Mas cá entre nós, esse tipo de pensamento é realmente construtivo e nos leva para um mundo melhor? Eu quero dizer, na minha visão, um discurso de “Infelizmente eu não pude escolher e nasci assim. Mas já que as coisas são desse jeito, quero que me tratem bem.” não seria um discurso, de certa forma, próximo de “Homossexualidade é uma doença com a qual alguns nascem, e o que a gente faz é tentar adaptar o mundo, assim como fazemos com os deficientes.”

O que eu quero dizer é que eu, pelo menos, tenho certeza de que não sou doente. E que ser gay é só mais uma das infinitas coisas que eu sou, e justamente por isso detesto esse tipo de discurso. Eu sou gay porque sou, simples assim. Não importa se eu nasci desse jeito ou não, o que importa é que eu não apenas sou, como também tenho o direito de ser. Aliás, e se eu tivesse escolhido ser gay? Isso me tornaria de alguma forma “menos digno” dos direitos homossexuais? Assim como sexualidade , na concepção atual, não é uma escolha; e se fosse, qual seria o problema?

Enfim, se eu pudesse escolher, eu seria gay sim. Porque acho que se eu não fosse gay, eu deixaria de ser quem eu sou e ter vivido as coisas que eu vivi. Ser gay faz parte da definição de quem eu sou, e entender isso é fundamental.

Mas e você, se pudesse escolher...?

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Bem, acho que essa questão de se fazer de vítima é uma forma de preconceito consigo mesmo(a).
Para quem ainda não se aceitou, é compreensível.
Mas, para quem já se aceita, o post do Syncro propõe uma reflexão importante.
Se eu pudesse escolher ser gay ou não, acredito que escolheria ser gay sim.
Quotando o Syncro, faz parte de mim.
Anyway, acho que o argumento de não ter sido uma escolha é muito válido para combater a homofobia. Porque, infelizmente, tem muita gente que acha que ser gay é falta de estrutura familiar e/ou vergonha na cara. E, assim como o Syncro e eu, muitos gays provam que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Rainbow kisses!

Um comentário:

E. Rian disse...

Nossa,muito legal seu post,Syncro!
Eu como gay penso da mesma forma,se pudesse mudar minha orientação sexual,não mudaria,faz parte de mim³
Ser gay não é uma escolha,mas mesmo que fosse,como você falou,é direito nosso.

Kisses!