terça-feira, 16 de outubro de 2012

Meus pais

Olá, leitor!

No dia 4 de dezembro de 2011, eu finalmente me assumi para minha família.
Para quem não sabe como aconteceu:



Bem, na época que eu me assumi eu não namorava (comecei no dia 21 de dezembro) e, depois que comecei, não fazia ideia de como contar para eles. Resolvi deixar claro que estava saindo com alguém e esperava que um dia eles me perguntassem se ela era minha namorada.
Foi o que aconteceu. Depois de ver uma foto revelada minha com a Bella (essa aqui), minha mãe me perguntou se ela era minha namorada, e eu apenas confirmei. No dia, ela fez umas perguntas engraçadas (tipo "Ela tem pais?", na qual ela obteve a minha seguinte resposta: "Não, mãe, ela é filha de chocadeira!" lol), mas depois ela ficou bem estranha.
Eles souberam do namoro na época do carnaval, e o jeito da minha mãe durou mais ou menos um mês. Meu pai era gentil e legal com a Bella, e isso me deixava muito feliz.

Eis que as coisas mudaram. Não sei, mas sempre tenho a impressão que eles ficam incomodados quando a Bella vem aqui (minha mãe nunca se mostrou feliz, mas teve seus momentos mais tranquilos). Meu pai, que era super tranquilo, passou a tratá-la com certa frieza e indiferença. Por causa disso, nós duas entramos no acordo de ela não vir aqui com a mesma frequência que antes (quer dizer, por ela, ela só vai vir aqui quando ser convidada).
Anyways, a grande questão é: por que as coisas mudaram?
Sinceramente, não tenho nenhuma ideia que seja muito clara em relação à mudança.
Nesse meio-tempo (entre o "Estamos ok" e a situação awkward), minha mãe reclamou sobre exposição no Facebook (descobri que foi minha prima idiota que perguntou algo relacionado, despertando então a atenção dela). Depois de muito tempo, meu pai também reclamou sobre isso, por um comentário (não sei se foi por maldade ou não) que a esposa do meu tio fez.
Quando me assumi, meus pais se mostraram contra qualquer ativismo ou exposição que eu quisesse praticar, mas não sei se a estranheza deles tem a ver com isso.
Por eles terem me aceitado de bom grado, achei que não tinha direito de reclamar de nada, mas confesso que essa situação está me irritando ligeiramente (ok, agora nem tanto, já que a Bells não está vindo aqui). Há quem diga que devo conversar com eles, há quem diga para dar tempo ao tempo.
Do jeito que as coisas funcionam por aqui, acho melhor dar tempo ao tempo.
Há quem diga que eles vão se arrepender e me pedir desculpas. hahaha
Bem, acho que eles já estão se arrependendo, já que estou razoavelmente distante fisicamente (pela falta de tempo) e emocionalmente (pela falta de interesse em me engajar em conversas pessoais).

Enfim, essa é minha vida agora. rs

Rainbow kisses!

Layout novo!

Olá, leitor!

Bem, para demonstrar meu compromisso restabelecido com o blog, criei um novo layout para ele.
Ok, não sou genial nisso, mas acho que ficou até bem legal. rs
O que acharam?

Para quem ficou curioso/não consegue ver, a montagem do fundo é assim:


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O que eu tenho feito da vida

Hey, leitores (espero que ainda tenha algum hehe)

Antes de mais nada, peço desculpas por ter abandonado o blog. Olhando algumas postagens antigas, lembro de como o blog era importante para mim e como eu gostava de escrever aqui...
Em minha defesa, digo que estou muito ocupada: além da faculdade, comecei a trabalhar dando aulas de inglês, namoro e faço um curso especial de inglês (voltado para professores).
É, eu sei, essa desculpa não cola. Ainda mais por eu ter ficado de greve na faculdade por quatro meses.
Sinceramente, nem eu sei o que eu fiz com esse tempo todo. LOL
Bem, além de ter trabalhado por uma semana (exaustiva, por sinal) no Rio + 20, fiz um mini-treinamento para poder dar aulas de inglês no curso no qual estou trabalhando. Também fiz fisioterapia nos joelhos e no ombro. E também vi Glee e New Girl até não dar mais. xD

Apesar de não lembrar direito do que fiz, tenho certeza de que não foi uma época muito fácil. Minha namorada se assumiu para o pai que, apesar de ser divorciado da mãe e morar num bairro bem distante, ela era bem apegada a ele. E ela sofreu MUITO com isso. Então, sempre que eu podia, eu ficava com ela ou pelo menos ligava para ela. Foi uma época um tanto desgastante, porque eu não sabia o que fazer para ajudá-la além de ficar por perto. Aos poucos, ela foi ficando melhor (ainda bem).

Outro motivo para não escrever por aqui é que estou tentando ficar razoavelmente desconectada. Quando a vida fica corrida, você aprende a priorizar um pouco as coisas, então a internet virou algo para diversão rápida, para comunicação e só.

E o motivo final é que eu me sinto um tanto perdida. Não só nos meus objetivos (tirando a parte amorosa hehe), mas em mim mesma. Sei o que gosto, sei o que não gosto, mas tudo me soa confuso. E como escrever me sentindo assim? Não tem como, né.
Acho que a confusão é por ter focado tanto na "Ana lésbica", por focar tanto na vida amorosa e por ter parado de tentar me explicar. Eu SEMPRE me expliquei por tudo, então é confuso não fazê-lo. Talvez a minha confusão seja o "normal" de alguém. rs

Bem, apesar da "falta" de tempo, vou tentar voltar com o blog. Nos próximos posts, pretendo falar sobre Glee, Lip Service, meus pais, minha família, minha sogra, minha namorada, meu trabalho, meu curso e minha faculdade. Vou até deixar a aba do blog aberta, para não ter a desculpa de ter esquecido! rs

Rainbow Kisses!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dia Internacional Contra A Homofobia


All right, sei que estou sumida, mas acho que tenho uma boa explicação.
Ano passado foi o ano no qual fiquei mais exposta ao mundo gay (digamos assim), numa tentativa de me aceitar mais rápido e com mais facilidade.
Ok, as coisas deram certo. Bem ou mal, minha vida parece estar resolvida em todos os sentidos nesse contexto.
Tenho uma namorada (que, por sinal, é a pessoa mais doce que conheço), meus pais e meu irmão me aceitaram (talvez não 100%, mas eu não tenho absolutamente nada a reclamar), fiz amizades incríveis...
Não sei, mas sinto que estaria me limitando um pouco se continuasse a dar tanto destaque a isso. Não que eu esteja "cuspindo no prato que comi", muito pelo contrário. Só não quero ser apenas lésbica.
Bem, pretendo ressuscitar o blog, mas para falar do mundo gay de uma forma geral, dar mais destaque à minha participação na sociedade, ao meu dia-a-dia.

Como muitos já sabem, hoje é dia internacional contra a homofobia e a transfobia.
Mas o que isso significa para nós? O que isso significa para os gays e os trans brasileiros? Aliás, o que isso significa para o mundo?
Sinceramente, eu acho que nada. Ou pelo menos não para a maioria.
Só o que vi foram postagens no Facebook, um vídeo ou outro por aí.
Se já acham que o dia das mulheres não faz sentido, imagina o dia contra a homofobia.
O problema é que, ao contrário das mulheres, nós ainda temos muito o que lutar.
E um problema maior ainda é que muitos não lutam por medo da própria homofobia. Pelo menos eu me incluo nessa categoria.
Então ficamos contentes em termos coragem de compartilhar uma imagem a respeito numa rede social com parentes adicionados, por exemplo.
Não é o suficiente, mas, ainda assim, é melhor que nada (também fiquei surpresa com a hipocrisia de algumas pessoas, mas enfim).
Como um amigo meu diz, o dia-a-dia já faz uma diferença absurda. Andar de mãos dadas com seu par, dar um beijo ou outro de forma razoável (afinal, o exagero só dificulta a situação)... Aos poucos, vamos ganhando respeito. Ganhamos respeito ao não abrir mão de algo que é essencial quando se está apaixonado. Como ficar ao lado da pessoa amada e não tocá-la?
Mas seria mesmo bom abrir mão de um beijo mais empolgado (que muitos casais heterossexuais praticam) ou não andar de mãos dadas num local mais exposto por conta da violência? Até onde temos ou não que abrir mão?
Bem, ainda falta muito para diminuir o preconceito, mas o caminho já foi mais longo e difícil.

Rainbow kisses.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Pergunta no Formspring

Você preferiria ser mais respeitado que amado ou mais amado que respeitado pelas pessoas à sua volta?

Resposta: Como homossexual, pouco me importo com o amor que as pessoas têm por mim. Quero ser respeitada. Eu sei que há pessoas que gostam de mim, mas que simplesmente não conseguem lidar com a minha homossexualidade. Não sou do tipo que grita "HEY, AQUI, EU SOU LÉSBICA!", mas odeio perceber que Fulaninho(a) se sente awkward quando falo da minha vida amorosa (e olha que eu falo bem menos do que muitos heterossexuais por aí u.u Ah, nem entro na questão "falar sobre a família", porque é meio difícil dar conselhos sobre isso, até mesmo se você é gay também. Então tem certo motivo para ser awkward mesmo.). É como se fosse "Então, eu gosto de você, Ana, mas, por favor, não fale sobre coisas gays". Eu sei que ser gay é só uma parte de mim, mas é uma parte que não quero esconder por causa de Fulano(a). Fiz isso por tempo demais. Sempre respeito Fulanos&Fulanas (chego a ouvir coisas bem desnecessárias, inclusive, mas nunca fiz cara feia. Ou pelo menos tentei não fazer.), então o mínimo que podem fazer é me respeitarem também. E, se me respeitassem mais, não seria tão awkward andar de mãos dadas (MÃOS DADAS, CARA!) com a menina que gosto. Um bando de gente babaca acha que é vulgar ver beijo gay (ou, no caso de lésbicas, um bando de homens babacas que acham que elas querem fazer um menage), mas eu fucking tenho que ver casais quase se comendo na minha frente? Além disso, se me respeitassem mais, eu não teria que temer a minha vida. u.u

Não acho que exista amor sem respeito, mas...
Não faço questão de amor não.

Meu Formspring: NeeBaka

Prometo que venho tirar as teias do blog. Enquanto isso, vejam os vídeos no canal do YouTube clicando aqui!

Rainbow Kisses!