sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mãe

Hoje minha mãe veio ao meu quarto perguntar se eu estava triste.
Disse que não. E não estou mesmo, só estou meio apática. Não sei dizer o porquê. ;S
Em seguida, ela me perguntou se tinha algo que eu queria contar para ela, mas achava que ela não fosse compreender.
Mais uma vez, respondi que não. Um não bem mal-dito, justamente para ela perceber que eu estava mentindo. Mas convincente o suficiente para que ela não insistisse no assunto.
Fui pega de surpresa. Fiquei com medo.
E, se eu tivesse dito que sim, mesmo que pedisse para não falar sobre o assunto, eu saberia que ela insistiria em saber o que é. Ou eu começaria a chorar. Não estava no clima para nenhum dos dois.

Mentir dói. Mas pensar em dizer a verdade me apavora.
Sei que a hora está chegando, sinto isso. Mas, quanto mais o tempo passa, mais eu quero ignorá-lo.

Sei que, se ela resolveu perguntar isso, ela está mesmo cogitando a ideia de eu ser gay. E já trabalhou isso na cabeça dela o suficiente para me apoiar e não ficar brava comigo, essas coisas.
Não sei, tenho medo de decepcioná-la. Destruir seus sonhos. É, aqueles, que ela julgava serem os melhores para mim.

Meu pai também não estava em casa. E, quando decidir contar para eles, que seja para os dois.

O Ésli me disse que negar não é o melhor, pois fará com que ela descarte a possibilidade, piorando a situação quando contar.
Espero que o meu "Não" tenha sido na medida certa, então.

Talvez seja uma ótima ideia contar para eles logo...
Tinha a fantasia de contar só quando começasse a namorar, mas...
E acho que faria mais sentido contar quando estivesse namorando.
Como o Syncro diz, para que vou contar sem motivos?
Não sei. =/

Rainbow kisses/ Bjmordida.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vlog!

Olá, leitores e leitoras!

Na madrugada de terça-feira, abri uma votação com prazo de uma semana para saber se vocês gostariam que eu fizesse um vlog.
Eis que, na tarde do mesmo dia, cá estava eu gravando um vídeo e postando no YouTube. HAIUHUIAHUIAHSUI


Portanto...
Sim, criei um vlog!

Se você ainda não viu (porque passei o link do vídeo para alguns dos leitores :X), espero que goste!



Rainbow kisses!

(Bem, com o vídeo, deixarei de ser anônima. rs)

PS: Recebi 100% de votos positivos para a criação do vlog! Total de 5 votos. #aloka

SyncroPC is back: It isn’t a choice, but if it was...

SyncroPC de novo postando, gente. Espero não incomodar muito a apreciação de vocês ao blog da A., rs.

Hoje eu queria falar sobre uma coisa que eu penso já há algum tempo, mas normalmente eu não tenho com quem discutir. Não quero impor o que vou dizer aqui a ninguém, mas acho um tópico de discussão interessante, um assunto que sempre me fez pensar, e quem sabe poderíamos discutir mais nos comentários.

Acho que todos aqui já devem ter presenciado, alguma vez, em meio a algum discurso a respeito da não-heterossexualidade, principalmente no que diz respeito ao tópico “opção x orientação sexual” aquelas célebres palavras que muitos enchem o peito para dizer: “Ser gay não é uma opção. Eu nasci assim.” E, às vezes, ainda mais, vindas sob a forma do “Você acha que eu escolhi ser gay? Se eu pudesse escolher, eu escolheria ser comum e não ser alvo de preconceitos, é claro! Seria muito mais fácil para mim!

Mas aqui e agora, eu lanço a pergunta a vocês: Se você pudesse escolher, você seria hétero?

Eu quero dizer, é claro que eu, como gay, entendo muito bem o que passa na cabeça das pessoas antes de fazerem afirmativas como essas. Afinal, não ser heterossexual não é fácil pra ninguém, muito pelo contrário. Mas cá entre nós, esse tipo de pensamento é realmente construtivo e nos leva para um mundo melhor? Eu quero dizer, na minha visão, um discurso de “Infelizmente eu não pude escolher e nasci assim. Mas já que as coisas são desse jeito, quero que me tratem bem.” não seria um discurso, de certa forma, próximo de “Homossexualidade é uma doença com a qual alguns nascem, e o que a gente faz é tentar adaptar o mundo, assim como fazemos com os deficientes.”

O que eu quero dizer é que eu, pelo menos, tenho certeza de que não sou doente. E que ser gay é só mais uma das infinitas coisas que eu sou, e justamente por isso detesto esse tipo de discurso. Eu sou gay porque sou, simples assim. Não importa se eu nasci desse jeito ou não, o que importa é que eu não apenas sou, como também tenho o direito de ser. Aliás, e se eu tivesse escolhido ser gay? Isso me tornaria de alguma forma “menos digno” dos direitos homossexuais? Assim como sexualidade , na concepção atual, não é uma escolha; e se fosse, qual seria o problema?

Enfim, se eu pudesse escolher, eu seria gay sim. Porque acho que se eu não fosse gay, eu deixaria de ser quem eu sou e ter vivido as coisas que eu vivi. Ser gay faz parte da definição de quem eu sou, e entender isso é fundamental.

Mas e você, se pudesse escolher...?

_____________________________________________

Bem, acho que essa questão de se fazer de vítima é uma forma de preconceito consigo mesmo(a).
Para quem ainda não se aceitou, é compreensível.
Mas, para quem já se aceita, o post do Syncro propõe uma reflexão importante.
Se eu pudesse escolher ser gay ou não, acredito que escolheria ser gay sim.
Quotando o Syncro, faz parte de mim.
Anyway, acho que o argumento de não ter sido uma escolha é muito válido para combater a homofobia. Porque, infelizmente, tem muita gente que acha que ser gay é falta de estrutura familiar e/ou vergonha na cara. E, assim como o Syncro e eu, muitos gays provam que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Rainbow kisses!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vlog

Estou pensando em fazer um vlog.

O que acham?
Votem ali, do ladinho direito! :D
A enquete será encerrada a meia-noite do dia 25 (próxima terça).

Rainbow kisses!

E, se quiser expressar melhor sua opinião, é só comentar! rs

Parada Gay

Olá!
Sei que estou MUITO atrasada, mas comentarei sobre a 16ª Parada do Orgulho Gay do Rio de Janeiro realizada no dia 9 de outubro (domingo).
Foi a minha primeira vez numa PG.
Devo dizer que a energia é contagiante. Ver todos aqueles carros passando, as pessoas vestidas da forma que queriam, os casais reafirmando seu amor...
Mas, infelizmente, esperava mais.
Havia muita gente lá apenas para "se pegar", o que, ao meu ver, estraga a imagem do movimento. Mas a maioria dessas pessoas eram... (PASMEM!) heterossexuais.
Uma coisa é ir à Parada por concordar com as ideias propostas por ela. Outra é ir lá e ajudar a degradar a imagem dela. Vi até um garoto com a mão dentro do short de uma garota, para vocês terem noção da situação...!
Outro lado ruim é o tumulto no final, quando os carros param. Muitas pessoas estavam "altinhas", então acabavam não se preocupando com o bem-estar alheio.

Muitos gays deixam de ir na PG por saberem que a imagem dela está bastante prejudicada (poucos são os jornais/noticiários que não falam mal dela).
Como um amigo meu disse, a ausência deles é ruim, pois, se eles fossem à Parada, talvez o significado dela mudasse. Talvez ficaria até "feio" rolar pegação e tal.
Ou, mesmo que a pegação continuasse, talvez algumas causas ficassem mais visíveis e muitas pessoas deixassem de ver a PG como um carnaval fora de época.

Bem, não sei se irei a uma Parada Gay novamente, mas não descarto essa possibilidade.
Acho que é importante marcar presença sempre que possível, pois os maiores interessados somos nós mesmos.

Para detalhes técnicos (-q) e iBagens, clique aqui e aqui, respectivamente. rs


Rainbow Kisses!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Os 15 animais mais gays do mundo

1. Girafas

Cientistas comprovaram que a atividade homossexual entre as girafas é mais comum que a atividade heterossexual.

2. Touros

Fazendeiros custam a encontrar um touro que queira cruzar com uma fêmea.

3. Marreco

É um dos índices de atitividade homossexual mais alto entre os pássaros, atingindo 19% de toda a espécie.

4. Pombas

Existe atividade homossexual de fêmeas e machos. Muitas vezes 2 fêmeas irão criar um ninho juntas e botar ovos inférteis, sem um macho.

5. Leões

Cerca de 8% dos leões trocam carícias entre si e criam afeições reais um pelos outros. Eles irão ficar juntos por muito tempo e até tentar cruzar.

6. Albatrozes

Tem o maior índice de atividade lésbica entre os pássaros. Os albatrozes vivem cerca de 70 anos e foi registrado um casal lésbico que viveu por 19 anos juntos.

7. Percevejo

Percevejos machos se sentem atraídos, estranhamente, por percevejos recém-alimentados. Isso ocasiona montada de amor entre eles.

8. Pinguins

Cientistas comprovaram que pelo menos 50% dos pinguins em cativeiros são gays.

9. Cisne Negro

A maioria dos pares são gays. Normalmente cisnes negros machos irão cruzar com uma fêmea e atacá-la assim que ela botar o ovo. Aí criam o bebê com o seu par gay.

10. Bonobo

É o mais safado da natureza. 75% do sexo entre eles não é para reprodução, e sim por diversão. Praticamente todos os bonobos são bissexuais.

11. Boto

Foi reportado por cientistas grupos de até 35 indivíduos da espécie fazendo sexo grupal.

12. Elefantes

Elefantes machos irão trocar afetos com outros elefantes machos, montar, fazer sexo e até inserir a tromba em lugares impróprios.

13. Cabrito montês

Uma prática comum entre cabritos monteses é fazer sexo oral, não importa o sexo. As fêmeas irão esfregar a perna na vulva de outras fêmeas para obter prazer.

14. Urubus

Urubus são, no fundo, bem carinhosos um com os outros e fazem até sexo enérgico e semi-violento. A maioria do sexo acontece entre machos.

15. Galo da serra

Metade dos pássaros dessa espécie são gays.

Fonte: O verso do inverso

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Qual é o sexo do seu cérebro?

Faça o teste clicando aqui. ;D

Pedi para alguns amigos e amigas fazerem o teste também.

Vamos analisar de duas formas...

Na primeira, vamos dividir as pessoas por orientação sexual.
As mulheres estarão em rosa, os homens estarão em roxo.
A cor dos pontos está de acordo com a escala do teste (1~9 = cérebro masculino = verde, 10 = neutro = preto, 11~20 = cérebro feminino = rosa escuro).

Grupo gay

V.: 14 pontos
Eu: 13 pontos
R.: 12 pontos
VHCS: 11 pontos
Syncro: 8 pontos
C.: 4 pontos

Grupo hétero

L.: 17 pontos
M.: 16 pontos
M.²: 14 pontos
C.²: 12 pontos
I.: 10 pontos
G.: 10 pontos
J.G.: 3 pontos

Na segunda, vamos observar as pessoas por sexo.
Mais uma vez, a cor dos pontos está de acordo com a escala do teste (1~9 = cérebro masculino = verde, 10 = neutro = preto, 11~20 = cérebro feminino = rosa escuro).
Os gays estarão com o nome em verde água. Os héteros estarão com o nome em vermelho.

Meninas

L.: 17 pontos
M.: 16 pontos
M.²: 14 pontos
Eu: 13 pontos
C.²: 12 pontos
I.: 10 pontos
C.: 4 pontos

Meninos

V.: 14 pontos
R.: 12 pontos
VHCS: 11 pontos
G.: 10 pontos
Syncro: 8 pontos
J.G.: 3 pontos

Sabe o que isso significa? Nada! HAUHAUHAUAU!
O que quero dizer é que ser gay não te faz ter um cérebro diferente do seu sexo, assim como nem todo hétero tem o cérebro tão de acordo com seu sexo.

É verdade, a maioria dos garotos gays que participaram da minha pequena pesquisa têm cérebro feminino, mas existem muitos com o cérebro masculino, assim como o Syncro. rs
O meu cérebro é feminino, assim como o de muitas meninas héteros ou lésbicas. Mas também existem mulheres (tanto lés quanto ht) que têm o cérebro masculino (ou quase isso). Como vocês podem ver, algumas amigas héteros minhas possuem o cérebro mais masculino que o meu (em termos de pontos na escala rs).

Enfim, o teste não determina a sexualidade de ninguém. Só diz se temos facilidade de realizar tarefas cerebrais mais comuns no sexo oposto. (Ok, não sei se essa frase vai fazer sentido LOL)

Rainbow kisses!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eu Não Quero Voltar Sozinho (Curta)






Simplesmente lindo!
Muitas pessoas devem achar um exagero colocar um menino com dois "problemas", mas elas não podem esquecer de que também existem deficientes físicos homossexuais.
Gostei bastante do filme, pois, além de falar sobre a descoberta da homossexualidade, ele também fala sobre deficiência física, que é um assunto que me interesso bastante.

As (e pq não "Os"?! rs) fãs de The L Word com certeza se lembram da personagem surda que surgiu na 4ª temporada, a Jodi Lerner (interpretada pela Marlee Matlin, também surda).



Aliás, tenho muita vontade de aprender linguagem de sinais e braile...

Espero que gostem da minha indicação. rs

Rainbow kisses!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Preconceito? Ainda?

Olá, queridos(as) leitores(as)!

Mil desculpas por estar tão ausente! É que estou super enrolada! :S
Estou com milhares de textos da faculdade para ler, e as provas já começaram...
Estou enrolada com meus cursos and, to top it off, estou me mudando!
Não, não estou saindo de casa. rs Eu e minha família vamos morar num apartamento maior.
Finalmente terei meu quarto de volta! :D (Atualmente, divido ele com meu irmão XD)
Então, a mudança realmente tem acabado com qualquer tempo livre meu. Ver móveis novos, pintar os quartos, encaixotar as coisas...
Estou até com o cabelo colorido, para vocês verem como as coisas estão. rs
(Já que não tenho carteira para virar caminhoneira, então virei pedreira! AHAUAHUAHUAHUAHUAHAUHAUAHU)

Enfim, hoje estou super inspirada para postar, e com tempo para isso! *todas comemora*
Hoje, enquanto voltava para casa com duas amigas da facul, surgiu o assunto "meninos". Perder o BV, namorar, essas coisas. Fiquei quieta, fazendo um comentário ou outro.
Não me lembro porque, mas uma das garotas perguntou se eu estava gostando de alguém. Fui sincera e disse que sim. Elas começaram a perguntar quem, perguntaram se conheciam, nome e tudo mais. Fiquei na minha, dizendo "Ahm... É complicado...", fugindo, é claro. rs
Aí elas começaram a perguntar "Por quê? É casado? É gay? Falaaa!". E eu só fugindo... Até que uma hora uma delas perguntou "É uma menina?". Confirmei. E elas reagiram tipo "Ahhh, é isso?! Achei que fosse algo mais sério, pô!". Sei lá, fiquei feliz com isso. hauhauahu
Feliz por contar a verdade e por elas reagirem bem.

Não é que eu tivesse medo de elas reagirem estranho, porque eu sabia que não iam. Mas, sei lá, eu não imaginava que fosse ser tão relax. hahaha A maioria das minhas amigas ficaram sem saber o que dizer, como agir, etc por um tempinho. Acho que não vai ser o caso. rs

Fiquei pensando no fato de simplesmente ter travado na hora de falar sobre a minha homossexualidade.
Eu me aceito MUITO bem, mas sempre fico tensa na hora que isso vem à tona.
Quando fui para a faculdade, torcia para que eles fizessem a tal pergunta na semana do trote. Mas, para minha decepção, não fizeram. Isso me obrigou a voltar aos tempos de colégio, em que eu tinha que contar a minha "opção" e tal. E odiei isso. Seria tão mais prático souberem disso logo de cara! E, por estarmos na semana de trote, não seria estranho me assumir assim, sem motivo.
Acho que um dos motivos de ficar tensa na hora de falar sobre o assunto é que não quero que as pessoas me vejam apenas como "A., a lésbica/sapatão/seja-lá-como-me-chamariam". Quero que me vejam como "A., uma garota tímida (insira várias características minhas aqui). Ah, ela também é lésbica.". Não sei, não quero ser "a amiga lésbica", quero ser a A.! Ser lésbica é apenas mais uma característica minha...
Quando alguém diz que sou lés no meio de pessoas que conheço (ou não), fico super tranquila. Até fico aliviada, por deixar as coisas claras.
Mas sair por aí gritando "SOU LÉSBICA!" já é um pouco demais.

Mas por que demais?!
Porque sou meio tímida/discreta?
Porque quero ser "a A.", não "a lésbica"?
Porque não sou assumida para minha família?
Ou será que ainda tenho preconceito comigo mesma?

Sinceramente, eu não sei. Quando olho para trás, vejo que melhorei muito.
Fico bem comigo mesma. Não sinto tristeza em não ser hétero.
Mas realmente não sei o porquê do meu nervosismo.
Não sei se é por força do hábito...
Acho que em parte sim. Eu sempre me sinto livre como um passarinho (?), mas, quando esse assunto vem à tona (I mean, quando eu tenho que falar DE MIM), fico bem fechada. Como sempre fui até ficar bem comigo mesma e tal....

Enfim, pensarei sobre o assunto. rs

Rainbow kisses! (:

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

De que adianta...

... ser uma boa garota....
... se você vai sofrer do mesmo jeito?


Gosto de cuidar de quem gosto: Ouvir, dar carinho, atenção, mimar... Enfim, se fosse homem, seria um verdadeiro gentleman. (Até porque sou mais gentil com as mulheres. rs Homem eu até bato, se me irritar! xP)

Final de maio/começo de junho, conheci uma garota que gostei logo de cara. (Não gostar de se apaixonar, mas de simpatizar, sabe?)
Ela sabia muito bem que sou lésbica e deixou claro que estava em dúvida. Ela chegou até a acessar este blog e ouvir o meu conselho de assistir The L Word, apesar de ser um seriado meio chocante no começo.
Quanto mais nós nos conhecíamos, mais eu me interessava.
Comecei a mandar indiretas, but she didn't give a fuck to me. Ou era muito inocente, ou não estava interessada, ou estava em dúvida e preferia fugir (lindamente, por sinal).
Como ela nunca tinha ficado com uma guria e não correspondia às minhas indiretas, resolvi ir com calma. Até porque, se fosse comigo, eu ia me assustar muito se não respeitassem o meu espaço.

Na primeira vez que saímos, marcamos de almoçar e ir ao cinema. Pelas conversas, fiquei em dúvida se ela realmente entendia o que "cinema" significava. Resolvi perguntar o motivo da escolha, já que ela realmente parecia não ter entendido o "perigo" da coisa. E eu não teria que ficar interpretando sinais de interesse no dia.
(Sou tímida, e isso é uma merda de se fazer. SEMPRE vou achar que a garota não está dando a mínima para mim, ao menos que ela diga que quer algo com todas as letras u.u /oumeagarrar rs)
Eis que ela me responde que escolheu cinema por ser algo mais legal do que simplesmente ficar andando aleatoriamente no shopping. Eu disse que muitas pessoas pensariam que esse "cinema" significava outra coisa. Ela diz que, depois dessa, ganhei a confiança dela.
Interpretei isso como? "Não faça nada no cinema, A."

Ok, no dia, até pensei em fazer algo, porque realmente senti um clima, mas... É aquela coisa, eu não queria ser vista como uma tarada, ainda mais depois de ter ganhado a tal confiança dela.

Saímos algumas vezes depois disso, mas eu simplesmente não tive coragem de fazer nada. E, sei lá, ela sempre fugia das minhas indiretas. ;S
Eu queria ter coragem de pelo menos chegar de "mansinho", tipo segurar a mão para andar, ou ficar mais perto, sei lá.
Mas eu não queria dar um passo maior do que as pernas. E, óbvio, morria de medo de levar um baita fora.

E, quanto mais eu fazia de tudo para que tudo desse certo, mais eu gostava dela.
Mais eu valorizava cada coisinha que ela dizia.
Fazia de tudo para mostrar que eu não era uma garota que ia, sei lá, "pegar e cair fora". Não que eu fosse agir como aquelas lés que se mudam no terceiro encontro, mas eu a respeitaria acima de tudo.

Resolvi que a melhor forma de me mostrar interessada seria apenas falando. Nada de agarrar, tentar beijar... Nada que deixasse um climão ou coisa parecida.
Enfim, por uma série de razões, não pude FALAR, mas escrevi uma carta e tal.

Levei fora. Um fora MUITO gentil e fofo, mas um fora. E, pelo que ela disse no fora, poderia ter sim rolado alguma coisa. Talvez não desse em nada, mas rolaria. Segundo o meu ponto de vista, antes de eu entrar na "friends zone". Ou antes de eu começar a parecer a garota que chora horrores ao levar um fora. A garota que só quer saber de compromisso sério. Ou sei lá-o-quê.

A questão é que isso está me doendo horrores. Não pelo fora em si, mas por ter feito de TUDO para que as coisas dessem certo. Ter feito de tudo para ser uma garota digna de ser a "primeira" dela. (Porque, para mim, isso é mega importante!)
E é aí que foi o meu erro: Ter feito TUDO certo.
Porra, se eu apenas seguisse as minhas vontades, eu não teria me metido tanto nessa história. Mas, não, sou medrosa e gentil.
E acabei me ferrando muito feio por isso.

O mais idiota é ainda ter esperança de que dê um estalo na cabeça da tal garota e ela mude de ideia. Eu sou MUITO idiota!

Eu também queria que ela entendesse que não é como se eu quisesse casar com ela. Nem namorar. Só de ficar já ia me fazer feliz. Tipo, como se todo o meu cuidado tivesse valido à pena, sabe?

Desde que me declarei, paramos de nos falar tão frequentemente.
Isso fez com que, bem ou mal, eu desse meu jeito de ir superando o fora.
Semana passada, voltamos a nos falar. E ela foi toda fofa comigo e tal (se não pensou em me dar uma chance, foi mais do que o necessário... Além da amizade, se me permite dizer. Não quero falar com uma pedra, mas falar com um dos amigos do Charlie, the unicorn é PEDIR para que eu tenha esperança de algo...!)...
... Para simplesmente sumir esta semana.
Esperança idiota morta da pior maneira possível.
Você tem noção do que faz?! Eu acho que não. Eu realmente espero que não! Porque, se tiver, isso é MUITA maldade.

Sei lá, só me sinto muito idiota de ter tido tanto trabalho para nada.
(Não que eu esteja desvalorizando a nossa amizade, mas isso soa mais como um prêmio de consolação, poxa.)

Enfim, eu quero gritar. Eu queria poder dizer todas essas coisas para você, mas eu não quero que você se sinta mal. A culpa não é sua de não gostar de mim.
Só sei que dói. ;S

Rainbow kisses.

PS: Espero que você não se importe de eu ter falado essas coisas por aqui. Acho pouco provável que você leia, mas...

PS2: Eu realmente não queria escrever sobre isso aqui, porque sei que tem alguém muito feliz por ter dado tudo errado. Se você ousar der um sorriso ao ler este post, juro que desejo que você morra da pior maneira possível. Não queria dar esse gostinho para você, mas eu só sei desabafar em blog ou com um psicólogo. Como não posso fazer terapia, escrevo por aqui. Não consigo desabafar plenamente com amigos. E também não gosto de dar (tanto) trabalho para eles.

OBS: Nem preciso dizer que o "você" do post e do "PS" é completamente diferente do "você" do "PS2", né?!

domingo, 4 de setembro de 2011

11 coisas que aprendi...

...assistindo filmes pornô lésbicos

por Rapha em Scarpin, Malbeq, Maquiagem e Pochete

1) Uma vez usando a cinta, o dildo é acoplado ao seu corpo, tornando-se uma extensão do mesmo e por isso a pessoa que o usa sente IMENSO prazer em receber um “boquete” na ex-prótese, atual pinto.

2) 90% da população lésbica é composta por loiras-peitudas-fogosas.

3) Não importa o quão longa, purpurinada e pintada suas unhas sejam: elas NUNCA, nunquinha vão machucar na hora H.

4) Clitóris, mamilos e todas as extremidades ditas “sensíveis” do corpo não passam de sacos de pancada, manuseie com o máximo de descaso e força que conseguir.

5) É falta de educação fazer sexo sem sapato. Quanto maior o salto, mais transparente, mais purpurinado, melhor!

6) Ao ser penetrada toda lésbica deve gemer “Oh yeah” e continuar a recitar este mantra, porque é apenas através dele que ela alcançará o orgasmo. Variações para “Oh fuck, oh yeah fuck me” também são aceitas.

7) Toda lésbica é uma bi enrustida. É ok para um cara se meter no meio (literalmente) de uma transa entre lésbicas: elas vão adorar!

8) Cuspir nos órgãos sequissuais quando fazendo sexo oral é totalmente aceitável, lésbicas ADORAM uma boa cuspida na perseguida.

9) As lésbicas se beijam com a língua de fora pra PROVAR que beijam de língua sim!

10) Sofás, por mais desconfortáveis que pareçam, são SEMPRE melhores do que uma cama. Aliás… Tapetes, toalhinhas de pic-nic, debaixo do coqueiro da praia, no consultório ginecológicos, todo lugar é lugar para acontecer uma transa lésbica (menos uma cama).

11) Tendo SEMPRE o item 10 em mente, todas as lésbicas andam SEMPRE super depiladas. Afinal nunca sabem quando vão engajar-se em uma luta de aranha.

Créditos: Parada Lésbica.

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Para compensar a revolta do post anterior, estou postando outra revolta, mas abordada de um jeito irônico e cômico. rs (Também escolhi o tema por causa da hora que estou postando. hahahaha!)
Não vejo os filmes pornôs apenas como "entretenimento", mas como uma boa forma de se descobrir, tanto para héteros quanto para gays. Para o público gay feminino, esse tipo de filme fica devendo, já que não mostram os fatos como eles realmente são.
Bem, como não concordo com a exposição das pessoas que gravam esse tipo de filme, não tenho do que reclamar. Para mim, ninguém deve ser expor dessa maneira...
(Sou um pouco antiquada. xP)

Enfim, vou ver se posto algo novo a cada dois, três dias, mas peço que não me matem caso eu fique muito tempo sem postar. lol

Outra coisa: Existe algum(a) leitor(a) que queira compartilhar sua história conosco? Por favor, comente se você estiver interessado(a)! :D

Rainbow kisses!

sábado, 3 de setembro de 2011

Uma revolta

Olá, leitores!
Sei que estou desleixada com o blog, mas prometo melhorar.
Estou revoltada com um assunto já faz algum tempo. Aproveitarei a revolta para postar, já que ultimamente não tenho tido ideias boas para posts. D:

Tenho visto algumas garotas hétero colocarem no Facebook que estão namorando (/ficando/noivas/casadas/etc) com outras garotas. Isso mesmo: Garotas H-E-T-E-R-O-S-S-E-X-U-A-I-S.
Isso me revolta DEMAIS.

Ser gay não é bagunça, minha gente! Ser gay é coisa séria! Aliás, seríssima. Infelizmente, somos criados para sermos hétero. E, quando percebemos que não somos, sofremos. Quando assumimos quem nós somos, sofremos novamente. Talvez a causa do sofrimento não seja a família, mas o resto do mundo. Ou vocês acham que é legal ouvir críticas a nosso respeito o tempo todo? Somos julgados simplesmente por não gostarmos do sexo oposto. É como ser julgado por ser negro. Por ser gordo. Por ser loiro.

E, quando uma hétero de merda coloca que está namorando uma garota, isso faz com que as pessoas encarem tudo aquilo que lutamos como brincadeira. "Ser gay é brincadeira!".
É por isso que tem um monte de gente que pensa que ser gay é uma escolha. Não, eu não sou gay porque escolhi isso! Ou vocês acham que eu escolheria dificultar a minha vida inteira por diversão?! Por puro masoquismo?!

É por isso que tem um monte de homem hétero ridículo que pensa que ser lésbica é brincadeira. Que ele pode se meter no meio numa boa que elas vão ADORAR.
Não, não vão. Elas não querem você no meio delas, atrapalhando. Elas sentem NOJO desse seu desejo.

Então, cara hétero, pense nas coisas primeiro.
Quer brincar de ser lésbica?
Vai se assumir para seus pais. Vai lutar pelos seus direitos. Vai tentar adotar uma criança e ser recusada, porque um juiz de merda pensa que você e sua mulher não são uma família adequada para ela.
VAI LAMBER UMA VAGINA.
Quer brincar de ser lésbica, mas sem ter esse trabalho todo? Vai jogar The Sims. NÃO coloque que está namorando com outra mulher.

Ok, você não quer brincar de ser lésbica. Só quer mostrar sua lealdade por sua BFF? Arrume outro jeito. Diga que ela é sua irmã. Faça qualquer coisa, inclusive tatuar o nome dela na sua testa, mas não finja que ela é a porra da sua namorada!!!!!

Rainbow kisses.

sábado, 20 de agosto de 2011

Vida nova

Olá, queridos(as)! Como vão vocês?

Devo desculpas por minha ausência no blog, mas tenho dois bons motivos:

1º motivo: Minha faculdade começou! :D
Estou bem animada, apesar da falta de tempo. Perco tempo no transporte - coisa que não estou acostumada, já que faço tudo à pé -, mas acaba valendo a pena. Tem uma menina que mora bem perto de mim, então vamos e voltamos juntas todos os dias. Ela é bem divertida, o que me faz rir bastante e esquecer uma série de coisas. (E não pensem besteira, ela é ht!)
Meu horário é um pouco complexo, e, como ainda estou me adaptando, acabo ficando bem enrolada. rs
Estou gostando de tudo: dos professores, do pessoal, das matérias... Confesso que fiquei um pouco decepcionada com a falta de gays no meu curso (que dizem que sempre tem muitos), mas tudo bem. Aos poucos, alguns vão se revelando. rs
Quero dizer, já não posso mais reclamar da falta de gays em minha vida. Só no último mês, três amigos se "revelaram" para mim e conheci pelo menos uns quatro através de um grupo no Facebook.
A minha reclamação é sobre a falta de lésbicas mesmo. hahaha!
Bem, dê tempo ao tempo, A.

2º motivo: Desânimo total no meu tempo livre.
Infelizmente, algo que eu queria muito não deu certo, mesmo eu tendo dado o meu melhor. Aliás, o meu erro foi ter tentado fazer tudo da maneira certa... Mas não quero falar sobre isso, really.
Meus pais também têm brigado muito comigo - por motivo nenhum, diga-se de passagem - desde que entrei na faculdade.
Isso me deixa pior ainda, além de pensativa: Fico pensando em como vai ser quando me assumir. Toda (ou quase toda) a coragem que estava sentindo se foi. Pelo menos a vergonha de ser o que sou não voltou. E duvido que volte um dia. rs

Enfim, este post ficou MUITO mal escrito, mas foi só para dar notícias mesmo.
Devo postar textos/links que gostei nos próximos dias, certo? E, quando puder, posto algo sobre mim. rs

Rainbow kisses!!!!!!!!!

sábado, 6 de agosto de 2011

Uma coisa que as pessoas não costumam saber sobre mim

(E que nem eu sabia)

Não gosto de bebidas. Não bebo. Não gosto que bebam, principalmente as pessoas que eu gosto. Meus amigos sabem disso.
Há alguns meses, pensava que era algo meu, sabe? Questão de gosto. Até que percebi que o meu desgosto por bebidas era forte demais para ser só isso. Ficava beeem mal quando via meus amigos bebendo. Até que teve um dia que parei para pensar no assunto, tentar entender o porquê de tanta aversão a uma coisa tão boba.

Voltei no tempo, quando bebidas não me incomodavam, pelo contrário. Ficava curiosa para saber como é a sensação que a bebida traz. E eu conseguia me ver muito bem bebendo socialmente, ou até mesmo ficando bêbada. lol
Março de 2009. A S., minha então namorada, tinha pedido um tempo. Ao que tudo indicava, iríamos voltar. Em uma de nossas conversas, perguntei se ela queria ficar com outra pessoa. Ela me respondeu que isso não faria sentido, já que a única pessoa que ela gostaria de ficar não estava por perto. Eu realmente estava contando com o dia que voltaríamos.
Em uma Sexta-feira, ela disse que iria à uma boate com uma amiga. Fiquei tensa. Pode parecer besteira, mas eu sou o tipo de pessoa que sente que algo ruim está por vir. Eu não queria que ela fosse, mas... O que eu poderia fazer?
Passei a noite dizendo a mim mesma que era besteira me preocupar, lembrando de quando ela disse que eu era a única pessoa que ela queria ficar.
Sábado de tarde. Ela parecia animada DEMAIS com a tal festa. Tive que sair da internet, pois tinha marcado de sair com uns amigos.
Sábado de noite. Ela veio com uma história de que precisava me contar alguma coisa. Ela disse que tinha bebido e... Eu já sabia o resto da história. Ela ficou com um garoto (desconhecido, segundo ela) na festa.

Eu fiquei muito mal. Porque, mesmo que nós estivéssemos dando um tempo, foi como se ela tivesse me traído. Foi (bem) mais doloroso do que quando ela foi embora. Porque ir embora não foi uma escolha dela. Não desejo essas duas dores para ninguém.

Não sou do tipo de pessoa que guarda rancor, que fica criando traumas. Mas, sem perceber, coloquei toda essa decepção/raiva nas bebidas.
Agora que já descobri o problema, estou bem melhor. Já não fico mal quando vejo alguém beber. Só não bebo. rs Mas pretendo mudar isso em breve.
Não que eu queira me tornar festeira ou algo do tipo, mas a curiosidade para saber como é a sensação de beber voltou.
Um dia eu descubro, de maneira responsável.

Assim como fiz terapia de auto-aceitação, agora estou fazendo terapia para aceitar o fato de que beber é normal em nossa sociedade, querendo ou não.

Bem, só queria dividir essa história pouco conhecida (mas bastante importante). (:

Rainbow Kisses!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Convidado de honra: O outro lado da moeda (Vhcs)

(O título e o texto foram "inspirados" na postagem do nosso segundo convidado, o Syncro.)

Olás, eu sou o Vhcs, 17 anos, gay – e, sim, sou eu mesmo, não fique pasmo caso me conheça e tenha só agora tenha “notado” minha sexualidade. Aproveitando o gancho do Syncro, sobre família, mostrarei um outro lado da coisa...
Bem, eu também nunca tive problema em me aceitar, desde a 2ª Série já sabia que tinha olhos pros dois sexos, apenas passou o tempo e eu comecei a reparar do que eu gostava mais e com qual eu tinha, caham, “incompatibilidade anatômica”, coloquemos assim. Assim sendo, cresci me escondendo, não necessariamente no sentido negativo da palavra, mesmo porque, por parte da minha mãe, sempre ouvi coisas do gênero “Se você for gay, continuará sendo meu filho.”, além de perguntas subliminares – ou, por vezes, diretas – sobre minha sexualidade, mas nunca havia dito claramente o que eu sou.
Contudo, houve um tempo que acabou por ser necessário falar a “verdade” (me assumi como bi para tentar fazer o impacto ser menor – e talvez isso tenha sido errado/ruim –, o que não é tão irreal assim, eu até posso gostar de uma mulher, mas nunca vou procurar uma, por minha conta; todavia, deixei claro qual é minha preferência), contra a minha vontade, uma vez que minha família se encontrava numa situação difícil (meu pai estava há dois anos desempregado), devido a um deslize meu. Em tese, não seria tão ruim, mas incomodaria, já que, por mais que eu sempre ouvisse a história do “tudo bem se você for”, uma mãe nunca quer isso de fato, né? Contei. Contei e me arrependi. Contei e me arrependi muito. A mãe compreensiva, amigável, querida, efusiva, que queria meu bem d-e-s-a-p-a-r-e-c-e-u, simplesmente. Brigamos; brigamos muito. E, graças ao veneno dela, agora me sinto mal toda vez que chego perto do meu pai; ela conseguiu plantar em mim uma sementinha de culpa, como se eu estivesse fazendo isso para machucá-los, apenas. Como se não basta-se, eu ainda tive que ouvir “Eu NÃO QUERO saber da sua vida. Sobre quem você gosta e essas coisas. A não ser que isso esteja se incomodando.”. Nesse momento, a imagem de mãe, amiga ideal, que eu tinha dela, morreu. E só uma coisa passou pela minha mente: “Isso nunca me incomodou e nunca me incomodará. Se você não aceita o filho que tem, o que posso fazer?”.
No “Entre-Guerras”, eu notei que ela sempre foi homofóbica, mas demonstrava de uma forma amena, num contexto que parecia até ser bom, ser gay. Uma das frases que sempre ouvi é “Entre um filho alcoólatra, drogado e gay; prefiro ter um filho gay.”. À primeira vista, aparenta ser uma frase normal, mas se reparar o nível no qual é posto ser gay, fica clara a aversão.
E, pra completar a minha alegria, esses dias, notei o grau de homofobia do meu pai, o qual questionou a “apologia ao homossexualismo atualmente existente na mídia, que passa novelas com gays, seriados gays, tudo com gays.”. Respondi que teve parada gay esses dias e por isso tava tão na mídia. Ele começou a revidar com mais perguntas e falando que é exagero, eu disse que eles estão conseguindo espaço etc. e completei com “E, ah, pai, não é doença, né?”. Qual foi a resposta? A seguinte: “Não é doença!? É epidemia.”. Por sorte chegamos na casa dos amigos nossos, para onde estávamos indo; não sei o que eu poderia ter dito se isso não tivesse acontecido.
Isso tudo começou a me corroer, muito. Eu realmente esperava uma rejeição de qualquer um menos dos meus pais, ou, ainda, uma rejeição menor... Nunca dei motivos para ser criticado ferrenhamente, minha obrigação como filho e como aluno, eu cumpro; nunca dei trabalho a eles, de fato, e sou e sempre fui o melhor aluno da classe. Isso não vale nada mais, agora? Só porque sou gay tudo que eu fizer não passa da minha obrigação? Ou, talvez, tudo que eu faço agora é pra me redimir dos meus pecados?
De qualquer forma, tenho meus amigos – uma coisa que acho fantástica é o fato de nunca ter sido alvo de críticas sobre este assunto a não ser pelos meus pais –, que sempre estiveram ao meu lado quando precisei – e, diga-se de passagem, o Syncro foi uma peça-chave pra mim.
Por pior que possa parecer a situação, eu estou bem comigo mesmo e sei que um dia poderei esfregar na cara de todos meu sucesso e dizer que consegui tudo sozinho, já que é assim que me deixaram e estou. Independente disso, sou filho único – que, aliás, é mais um motivo pra tudo cair em cima de mim dobrado – e, devido a isso, sou acostumado a estar só. Já diria o ditado: melhor só do que mal acompanhado...
Por fim, digo outra frase famosa, pra quem passa ou sabe que passará por uma fase similar: Depois da tempestade, vem a bonança.

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Terceiro convidado! (Para ver os outros dois, clique aqui.) O que estão achando das histórias? (:
Conheci o Vhcs em 2009, na mesma viagem que citei abaixo do post do Syncro, mas quase não nos falamos naquele ano. Começamos a nos falar em outra viagem do curso, em 2010. E só começamos a ser mais íntimos este ano. Eu ficava implicando (de brincadeira) com ele no facebook, dizendo que ele era gay e tal (sem ser sem-noção/mal-educada, lógico!). Até que um dia ele me contou que era gay mesmo. hahaha! Eu contei indiretamente que era lésbica. Pensei que ele tivesse entendido pela resposta que ele deu, mas... Só depois que ele percebeu que eu era realmente lés. LOL! Foi bem engraçado. =P
Semana passada, fiz essa viagem anual do curso. Lá, encontrei o Vhcs novamente (ele não mora no mesmo estado que eu e o Syncro, infelizmente). Ficamos bem mais próximos. Como o E. disse no post dele, a amizade entre um gay e uma lés é pura. Não há riscos de uma das partes se "confundir". Não que riscos sejam ruins, mas podem acabar com uma amizade bonita por algo pequeno e sem importância. E também fiquei mais próxima do Syncro e do R. (que também é do meu curso. Fiquei sabendo "dele" por causa dos babados do aniversário dele, que não fui. hahaha! E ele ficou sabendo de mim por um grupo gay que participo no Facebook. rs Ele disse que foi "confirmar" com o Syncro sobre mim e que o mesmo passou o link deste blog. Falei que ele poderia escreve aqui, se ele quisesse. Veremos se ele vai topar, né? (= ). A amizade deles está me fazendo muito bem. (=

Aliás, esta viagem foi beeem "colorida"! Tanto quanto uma parada gay. rs Meu gaydar ficou louco! rs. Pena que só funciona para garotos... Teve até uma situação bem engraçada, no nosso primeiro jantar. Sentamos eu, R., Syncro e Vhcs na mesa. Quando já estávamos devidamente acomodados, nos entreolhamos e notamos que a mesa só tinha gente colorida. Caimos na gargalhada! "Tem alguma coisa muito errada nesta mesa!". Depois, uma amiga nossa sentou conosco e ficamos brincando, dizendo que ela tinha salvado a mesa. Obviamente, ela não entendeu a piada, mas morremos de rir. rs
Uma das coisas que mais gosto entre uma amizade gay x lés é o contato físico. Você não precisa de motivos para ter/não ter, não fica com aquela dúvida na cabeça se a pessoa está a fim de você ou não... Nada dessas psicoses. Você abraça porque você quer, simples assim. x3

Sobre a história do Vhcs... Muito triste a atitude da mãe em se mostrar preconceituosa DEPOIS que ele se assumiu. Mas acho que é só uma questão de tempo para que ela se acostume com a ideia... O Vhcs é forte e consegue segurar muito bem "a barra". Eu, particularmente, não aguentaria.
E, infelizmente, muitas pessoas ainda pensam como o pai dele. Pensam que ser gay é "epidemia", que é influência da mídia...

Espero que tenham gostado do post!
Aliás, alguma sugestão/crítica? Podem dizer à vontade, viu? Quero que este blog fique cada vez melhor!

Rainbow kisses!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Convidado de honra: A not so usual tale (Syncro)

Oi, eu sou o SyncroPC, pode chamar de Syncro. Esse é o nick que eu sempre uso, então se você chegou aqui por acaso e me conhece, fica frio que sou eu mesmo.

Acho que a minha história é um pouco diferente, pra ser sincero.
Eu nunca tive muitos problemas em me aceitar, pra começar. Não vou dizer que não tive a minha fase “Eu sou bi”, porque tive. Mas, sinceramente, acho que foi mais porque eu ainda era bem novo (devia ter uns 12 nessa época, eu acho) e ainda não tinha aprendido a diferenciar bem atração sexual, interesse amoroso, paixão, amizade forte e todas essas coisas. Mas no dia em que eu já estava mais seguro disso, me pareceu óbvio e evidente que eu era gay, e não tinha nada demais nisso.
Meu primeiro beijo foi com 14 anos. Em outro garoto. E ele foi meu primeiro namorado, também. Pra ser sincero, acho que nunca beijei de verdade uma mulher, sabia o que queria desde cedo, rs. Não sei se foi coisa da minha criação, mas eu realmente nunca vi nada de errado nisso. Todo mundo gosta de quem quer gostar e pronto, visto a camisa feliz.

Minha história é sobre família. Mas, novamente, nada tão óbvio. Embora meus pais ainda não saibam de mim, eu confio cegamente neles e tenho a mais absoluta certeza de que no dia em que eu decidi contar, vai estar tudo bem... Até porque alguém já fez isso antes.
Pois é, eu tenho dois irmãos mais velhos, bem mais velhos na verdade, cerca de 10 anos mais velhos que eu, ambos. E um deles é gay, assumido aqui em casa.
Meu irmão gay se assumiu em casa quando ele tinha 26 anos, o que foi até tarde para os padrões normais, mas não me causa estranheza nenhuma. Eu acho que tenho muita sorte nesse ponto, meus pais são muito tranqüilos com essas coisas da nossa vida particular e nunca perguntam sobre estarmos namorando ou ficando, não costumam jogar indiretas relacionadas às nossas amizades e tudo o mais. De maneira que nós não sentimos pressão a respeito da nossa sexualidade, mesmo. Então o que o meu irmão fez é exatamente o que eu faço agora, viver a vida em paz sem se preocupar, e deixar acontecer o que tiver que acontecer.
E quando ele se assumiu foi tudo muito tranqüilo, também. Sem estardalhaço, sem cena, tudo muito “profissional”, se é que eu posso usar essa palavra pra isso.
Um dia eu posso discutir o fato deu não ser assumido, mas não é sobre isso que quero falar.

Meu irmão não sabe, oficialmente, de mim. Isso é uma coisa que choca boa parte dos meus amigos, no início. Perdi a conta de quantas vezes ouvi “Meu deus, você é gay, tem um irmão mais velho gay e você NÃO fala com ele sobre isso?”. E talvez eu devesse mesmo falar, na verdade eu gostaria que fosse tão simples e prático assim, que eu pudesse falar, fossemos amiguinhos e pronto.

Eu sou meio distante dos meus irmãos. Não distante DISTANTE, eu gosto muito dos meus irmãos e faria qualquer coisa por eles, e tenho certeza de que fariam o mesmo. O que eu quero dizer é que não temos essa intimidade toda, de contar da vida, conversar, discutir coisas. A princípio, meu relacionamento com meus irmãos é ideal. Eu não brigo com eles, nunca. Nunca briguei com nenhum dos dois e sei que isso nunca vai acontecer. Nossas relações são absolutamente cordiais e bem estruturadas. E talvez seja esse o problema, eu não converso com os meus irmãos... Não no sentido amplo, pelo menos. De ficar conversando sobre as coisas a troco de nada, conversar simplesmente porque é isso que as pessoas fazem. A gente só fala coisas objetivas, quando é do interesse de algum de nós.

Eu não tenho muito essa ilusão de que o meu irmão gay acha que eu sou hétero. Pelo contrário, a essa altura, ele deve ter certeza de que eu sou gay. Simplesmente por que o mundo é pequeno, ainda mais o mundo gay. A gente fica sabendo das coisas pelas mais diversas formas.
Pra ser sincero, eu não sinto como se eu escondesse isso dele. Eu simplesmente não falo sobre isso com ele, o que é bem diferente.

A sensação que eu tenho é que se agora ele decidisse ser meu amiguinho e se aproximar, eu iria me decepcionar muito com ele. Pois não ligar pra isso por quase 20 anos e de repente ligar só porque descobriu que eu sou gay, ao meu ver, é um pouco hipócrita.

Mas, ao mesmo tempo, eu não quero falar com ele porque acho que ele já fez algumas coisas que me decepcionaram. Há uns quatro anos atrás, mais ou menos, estudei com um menino gay que, por coincidência, já era conhecido do meu irmão. Este menino (que veio a se tornar meu amigo) me contou, depois, que meu irmão havia pedido pra ele descobrir se eu era gay ou não, já que ele estudava comigo. No final da história ele não falou nada pro meu irmão, mas isso abalou completamente a confiança que eu tenho nele. Eu digo, se ele me perguntasse, eu com certeza falaria a verdade, mas pedir pra alguém descobrir secretamente? Isso é o fim.

Eu não sei, até acho que seria mais interessante se ele soubesse, sim. Mas a hora ainda não chegou e não me sinto confortável com ele, ainda. Mas isso tem melhorado, até tenho saído mais com ele, e estou ficando bastante amigo de um dos amigos dele, que eu gostaria de contar (mas dessa vez, é oficial e não tem nada escondido). Quem sabe o que o futuro nos reserva?

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Bem, este foi o nosso segundo convidado. (Para quem não leu o post do primeiro, clique aqui.)
Conheço o Syncro desde 2009, quando fizemos uma viagem do nosso curso juntos. Na época, eu ainda namorava e estava bem trancadinha dentro do armário (tanto é que ainda me considerava bissexual). Sempre tive vontade de me assumir para ele, mas, por causa do namoro e de suas restrições (como contei aqui), acabei ficando quieta.
Desde que terminei meu namoro, em 2010, comecei a fazer planos para me assumir para o Syncro e para o pessoal do curso. Mas, ao mesmo tempo, tentava voltar a ser hétero, o que acabou deixando os planos apenas "no papel".
Eis que o Syncro se assumiu para mim semana passada, o que me deixou muito feliz. Ele é o segundo amigo que conheço pessoalmente (e o primeiro que mora aqui na minha cidade) que se assumiu para mim. ^^ Bem, não precisei ser direta para que ele entendesse que também sou gay. rs
Agora que estou confortável com toda a minha situação, realmente pretendo me assumir para o resto do pessoal. Não acho que será algo complicado, pelo contrário. XD

A história do Syncro mostra que nem sempre é difícil se aceitar. Acredito que a maneira que ele foi criado tenha ajudado bastante. Não é toda família que dá liberdade para você ser o que é, sem medo. Tudo isso faz com que qualquer pessoa fique mais tranquila, não é?
Confesso que não sabia que um dos irmãos do Syncro era gay. E também não condeno a atitude infantil que ele teve em tentar descobrir se o Syncro era gay ou não. Acho que cada um tem seu lado imaturo, sabe?
Enfim, fico feliz pela sorte que o Syncro tem. A relação dele com os pais é admirável. (:

Espero que tenham gostado do texto que o nosso convidado escreveu. o/

Rainbow kisses!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

It's time to write about myself.

Por que tenho evitado escrever sobre mim?
Posso dizer que não faço ideia. Bloqueio certos pensamentos tão bem que nem ao menos sei porque exatamente estou fazendo isso. Forma de me proteger? É bem provável que sim.
Mas me proteger do quê? De mim mesma? De alguém? De um grupo? Talvez de tudo um pouco.

Voltando no tempo, percebo que SEMPRE fui gay (eu me vestia de Tuxedo Mask quando eu era criança! Queria ser como ele...). E, desde que me entendo por gente, ser gay é errado. Tanto que pensava que um gay poderia muito bem namorar uma lésbica, já que o gay procura um homem e uma lésbica procura uma mulher. O homem da relação seria a lésbica, e a mulher, o gay. É certo uma criança pensar assim? Para mim, não mesmo. Isso era uma prova de que a sementinha da homofobia estava plantada em mim. Semente que cresceu e dificultou o meu processo de auto-aceitação.
Eu me lembro muito bem de como eu começava a gostar dos garotos, quando ainda era criança. Todas as amigas gostavam de alguém. Eu não. O que eu fazia? Escolhia o que eu mais falava e fingia gostar dele. Com o tempo, eu até que gostava um pouquinho.
Não foi diferente com minha primeira paixão. Sabe aquele garoto que todos aceitariam como alguém digno de se apaixonar? Pois é. Ficava olhando nos olhos dele, que eram verdes, em busca de um sentimento. Funcionou. E assim foi com todos os outros. (Não que a paixão não fosse verdadeira, só não era muito espontânea. rs)
Nessa época, eu era bem inocente. Beijo era nojento, essas coisas.
Em 2006, quando tinha 13 anos, comecei a ter uma vida online bem... vivida. Falava com pessoas de váários lugares, me apaixonei por garotos que moravam longe e... Comecei a desconfiar de que eu não hétero. Tinha quedas por várias garotas na internet (sem perceber) e, com o tempo, comecei a gostar de uma garota do colégio. Aí sim fiquei mais consciente da situação.
E bem assustada.
Conversei sobre o assunto com uma amiga da internet que era mais velha e mais mente-aberta. Ela disse que era normal ficar na dúvida, que ela mesma já tinha ficado com algumas garotas... Enfim, ela me acalmou.
Como eu era bem inocente, tímida (ok, ainda sou) e não fazia ideia do que estava acontecendo, deixava minha paixão pela tal garota ser apenas platônica. Só de receber a atenção dela, que era muito reservada, fazia com que, sei lá, eu ficasse feliz por uma semana. lol Era um sentimento diferente e mais forte. Eu simplesmente gostava de estar perto dela, e queria que ela gostasse de mim como amiga. Ou pelo menos era nisso que eu queria acreditar.
Posso dizer que também teve seu lado cômico. Andar na rua e sem querer olhar a bunda de uma mulher e pensar "O que você está fazendo?! A., você é bissexual, não tem como negar.". (Não, eu não faço isso. Nem ligo para bunda. MESMO. lol)
Conversei com outras amigas sobre o assunto, recebi apoio delas e tal... Elas perguntaram se eu queria fazer sexo com mulher, eu disse que não, porque achava nojento. Mas também achava nojento sexo com homem. (A inocência é linda, minha gente!) E assim fui seguindo, sem pensar muito no assunto. Eu apenas queria perder o BV o mais rápido possível. lol Bem, mas isso era por pura pressão dos amigos, porque, no fundo, eu sabia que não estava pronta. E me achava ridícula por não estar.
Em 2007, na 8ª série, fiz muitos amigos novos e fortaleci amizades "antigas" (nem tanto...). Contei para a maioria deles de que eu era bissexual e que tinha uma namorada que morava em Ribeirão Preto (comecei a me envolver com ela nas férias de verão). Não era um assunto que eu gostasse de falar com as meninas, porque a maioria delas agiam estranho ao ouvir sobre isso. Conversava com alguns garotos, mas também não muito. A maioria deles achava que era desperdício estar num relacionamento à distância. Bem, ele durou 7 meses.
No final do ano, comecei a ficar bem confusa a respeito dos meus sentimentos por uma amiga, a S. Ela e meu irmão se gostavam, o que me deixava feliz. Mas eu também gostava dela. Não tinha ciúmes da relação deles, mas ela mexia MUITO comigo. O modo como agíamos também não ajudava. Muito contato físico. Mais do que o normal entre amigas. Só faltava a gente se beijar, sinceramente. lol
Well, as coisas entre ela e meu irmão não deram certo (eles nem chegaram a ficar), e ela viajou para ver a mãe, que não morava com ela. Passou as férias inteiras fora, o que me deu muito tempo para pensar sobre o assunto. Ela era hétero, mas o jeito que ela agia comigo era muito suspeito. Ainda mais sabendo que eu era bi. E agora? Contar a verdade e perder uma amiga? Não contar e me sufocar? Contar e ganhar uma namorada? Eu não fazia ideia do que aconteceria.
Quando ela voltou de viagem, duas coisas me surpreenderam:
1 - Meus sentimentos por ela eram mais fortes do que eu imaginava.
2 - Minha mãe estava fazendo de TUDO para que eu ficasse longe dela. Como a S. deu um fora no meu irmão, minha mãe tomou as dores dele de um jeito bem estranho e lunático. Eu tinha que voltar para casa assim que minhas aulas terminassem. Nada de conversar com a S. depois da aula, mesmo que fosse por apenas 15 minutos, como costumávamos fazer. Ela também não podia ir lá em casa. Dormir então... Proibida.
Isso tudo foi bem difícil para mim. Eu já não tinha uma boa relação com a minha mãe, pois eu não era o que ela queria que eu fosse. Eu era bem fechada e pouco feminina. Quer dizer, não que eu fosse masculina, mas nunca fui o tipo de garota apaixonada por salto alto e maquiagem, digamos assim. Bem, não que minha mãe tenha dado um bom exemplo (porque ela também nunca foi fã dessas coisas), mas... Nós brigávamos MUITO. Ela simplesmente não entendia o meu jeito reservado (que ficou pior depois que eu descobri que era bi). Numa das brigas, em setembro de 2007, ela disse que eu era louca e que iria me colocar num psicólogo. Então, toda essa história com a S. só piorou tudo. Minha mãe vivia me deixando de castigo como pretexto para não ver a S. nos finais de semana, fora da escola.
Nesse meio tempo, decidi que iria contar à S. que gostava dela. Éramos muito amigas, então não achava certo mentir para ela. Principalmente fingir que gostava de vê-la com garotos.
Mas, ao mesmo tempo, era muito difícil dizer tudo assim, diretamente. Resolvi dizer que gostava de alguém e que responderia algumas perguntas sobre a tal pessoa. Assim, ela adivinharia quem era essa pessoa ou, quando a coragem fosse maior, eu contaria.
Bem, acho que não preciso dar detalhes (talvez em outro post), mas o fato é que a S. descobriu que eu gostava dela. E disse para mim que, por ela, "tudo bem" (ela também não era boa com palavras... rs). E foi assim que começamos a namorar.
Como ela era hétero (ou era assim que ela se definia), ela queria uma relação discreta. Só contamos que estávamos namorando para alguns amigos e uma amiga (e, quando contei para outra amiga sem a permissão dela, ela SURTOU!). Fazíamos de tudo para não chamar a atenção. Nada de beijos em público. No começo, andávamos de mãos dadas, mas, com o tempo, isso também acabou. Ela tinha muito medo de que a mãe dela descobrisse, mesmo morando tão longe. E, não sabemos como, mas ela quase descobriu, o que fez com que ela ficasse ainda mais psicótica. Consequentemente, eu também fiquei. Eu não tinha vergonha da nossa relação, pelo contrário, mas, depois de um tempo, eu comecei a sentir que tudo aquilo era errado. Uma coisa errada boa, mas errada.
O fato de ter sido criada para achar que ser gay era errado fazia com que eu não quisesse ser (totalmente) gay. Eu era bissexual. Também gostava de garotos. E eu não tinha uma relação lésbica com uma garota! Como deveria ser chamada essa relação, então? Relação bissexual? É, era por aí mesmo. Mesmo que eu quisesse passar o resto da minha vida ao lado da S., eu jamais admitiria que tínhamos esse "tipo" de relação. Eu queria fugir com ela, para não ter que lidar com tudo aquilo: pais, familiares, pessoas homofóbicas, classificações... Comigo mesma...
No final do ano, ela teve que voltar a morar com a mãe, em outra cidade (bem longe daqui, por sinal). Tivemos muitos problemas, "terminamos", nos vimos em Julho de 2009, "voltamos". Ficamos juntas até Julho de 2010. 2 anos e 3 meses, contando com as idas e vindas.
Namorar a S. foi uma das melhores coisas que já fiz, mas uma das piores também. Fiquei muito mais psicótica e medrosa. Eu, que já não queria ser totalmente gay, passei a querer menos ainda. Meu medo de ser rejeitada por ser gay também cresceu. E começar a gostar de outra hétero também não ajudou muito.
2010 foi o ano mais turbulento para mim. Comecei a perceber que talvez eu fosse REALMENTE lésbica. E, quanto mais eu percebia, mais eu me negava. Eu usava o fato de nunca ter ficado com um garoto como desculpa. Até que um dia fiquei com um e vi que não era daquilo que eu gostava. Depois que fiquei com o tal garoto, meus sentimentos pela garota hétero cresceram absurdamente. Era com ela que eu queria ficar! Eu sabia que nenhum garoto me faria sentir o que eu senti pela S. ou pela tal garota, por mais que eu quisesse.
Mas, mesmo sabendo de tuuudo isso, eu continuava me negando: "Beijo é beijo, não importa o sexo, A. O que diferencia os dois sexos é a 'pegada'. E, mesmo assim, isso varia de pessoa para pessoa, não? Vai ver que fui eu que não gostei da 'pegada' dele... Vai ver que, se tivesse sido com outro garoto, eu tivesse gostado..."
E foram com esses pensamentos que continuei me enganando. Eu precisava tentar ficar com outro garoto para ter certeza de que eu não gostava mesmo da coisa. Mas eu não queria. Nenhum garoto despertava meu interesse, mesmo sendo muito bonito. Eu queria gostar de algum, mas simplesmente não conseguia.
Ao mesmo tempo, em 2010, comecei a me aproximar dos meus pais. Antes de 2010, sempre tive o desejo de sair de casa. Eu me sentia sufocada. Evitava me aproximar dos meus pais por puro medo. Sempre soube o que eles pensavam a respeito dos gays, então sabia a provável reação deles. Resolvi ser corajosa e enfrentar o medo de ser rejeitada no futuro. Posso dizer que isso foi bom e ruim. Bom porque, cara, meus pais são maravilhosos. É tão bom sentir o amor deles, dar esse amor. É tão bom dar orgulho para eles. Ruim porque sei que vou decepcioná-los, querendo ou não. Quando eu não ligava para eles, eu não me importava com isso. Mas agora eu ligo. Eu os amo incondionalmente. E isso machuca muito.
Todo esse medo de decepcionar meus pais e enfrentar todos os problemas que surgem ao saírmos do armário fez com que eu continuasse me negando. Até o momento que percebi que não dava mais para negar. Eu queria mudar, mas sabia que não conseguiria.
Fiquei bem mal por não poder escolher o que eu queria ser. Até que conversei com a P. sobre o assunto. Ela me disse coisas que me ajudaram muito. Disse que não deveria ter vergonha de nada que fosse capaz de sentir. E foi nesse dia que decidi me assumir como lésbica. Eu não gostava de garotos, então para que continuar mentindo?! Fiquei aliviada por finalmente conseguir ser sincera comigo mesma. Ainda não conseguia dizer a palavra "lésbica", mas... Pelo menos não estava mentindo para mim mesma.
Comecei então a fazer "terapia de auto-aceitação". Assisti The L Word e outros seriados lés, fui a uma boate lés, repetia a palavra "lésbica" mentalmente várias e várias vezes.... Criei este blog, que era fechado, mas depois abri... Criei perfil numa rede social lés, comecei a ler com mais frequência sites lésbicos, contei para amigos que ainda não sabiam de mim... E cá estou eu, confortável comigo mesma, contando a minha história. Pode até fazer piada com a minha opção sexual que não me importo.
A única coisa que me preocupa é... Sair do armário para a família. Minha mãe nunca foi de demonstrar tanto afeto, diferente do meu pai. Meu pai, mesmo sendo tímido, sempre disse que me amava. Agora que minha mãe está mais amorosa. Diz que me ama, pede carinho antes de dormir... Eu tenho muito medo de perder tudo isso. Aos poucos, estou mostrando para eles que não sou tudo aquilo que eles esperam que eu seja, mas não sei até que ponto isso vai me ajudar quando eu me assumir. Será que eles já desconfiam? Bem, uma coisa é desconfiar, outra é ter certeza.
Dói muito pensar que posso partir o coração deles. Eu não quero decepcioná-los. Eu sei que eles não vão me odiar, mas... Eu espero que eles consigam me entender. Entender que não fui eu que escolhi isso, que até lutei contra isso. Quero que eles gostem da minha namorada tanto quanto gostariam do meu namorado. Não quero que eles sintam vergonha de mim. Não quero que pensem que tenho algum tipo de defeito que eles terão que aceitar e relevar.
Realmente não sei como eles irão reagir. Sei que a hora de contar está chegando, mas o medo ainda é muito grande. Acho que só terei coragem quando tiver uma namorada, para que ela possa me acolher nos momentos tensos.
Não sei se eles já desconfiam. Espero que sim. Assim não será um choque quando eu contar.

Acho que mostrarei este blog para eles quando me assumir. Se mostrar e vocês estiverem lendo isso, saiba que os amo muito. E sempre vou. Sinto muito se os decepcionei.

Rainbow kisses.

PS: A postagem não ficou tão boa quanto eu gostaria, mas... Espero que esteja pelo menos satisfatória.

sábado, 16 de julho de 2011

Youtube, indicações

Olá, leitores(as)!

Bem, hoje postarei coisas que achei no Youtube esses dias.

Eu gosto de Mulheres (Eu colo o velcro)



Morri de rir!

Aluga Sapatão - Comédia MTV



É, tem muita HT safada que quebra coração de sapatão fazendo isso! rsrs
(Porque elas sempre acham que vão conseguir "converter" a garota... Ou que já conseguiram...)

Dedilhadas01 - Como você descobriu que era sapa?



Bem, na verdade, indico o canal Dedilhadas. Cada episódio tem um tema, então você pode escolher qual tema te interessa e assistir!

Ah, acabei de lembrar... Para quem tem twitter, SUPER recomendo a @fadacaminhao!

Para quem está começando a se descobrir, provavelmente será incômodo assistir aos vídeos + ler os tweets da @fadacaminhao, mas é só uma questão de tempo para se acostumar.
Eu, particularmente, odeio esse negócio de ter um padrão, que, no caso, é ser bofinho (butch), mas já me acostumei com esse tipo de humor. Morro de rir e me identifico com algumas coisas, inclusive.

Okay, sei que tenho falado muito pouco de mim ultimamente, mas prometo compensar isso. Só preciso parar para pensar sobre o que tenho sentido. E, bem, tenho que confessar, estou evitando ter esse tipo de conversa comigo mesma. Não é como se eu estivesse fugindo, só não quero ficar pensando, entendem? Daí me ocupo com um monte de coisas para não ter que pensar. lol
Enfim, sei que preciso ter esse dia para pensar e garanto que ele não está muito longe. Muito em breve vocês terão todas as atualizações da minha vida como lésbica. rs

Rainbow kisses!

PS: Ainda não respondi os comentários (quero dizer, só um comentário! FaMa, minha leitora secreta, como sempre. rs) do post anterior, mas fiquem ligados! lol
(Editando: Já respondi sim! :D)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ovulação potencializa radar que detecta orientação sexual masculina

Em períodos fertéis ou quando estão à procura de um parceiro, mulheres conseguem saber se um homem é heterossexual ou homossexual.

A natureza dotou as mulheres de uma facilidade natural para detectar bons partidos. Mas o sistema só funciona quando há interesse reprodutivo. Durante picos de ovulação, ou mesmo quando as mulheres estão em busca de um par, por exemplo, elas conseguem dizer se um homem é heterossexual ou homossexual com certa precisão depois de uma rápida troca de olhares.

Um trabalho realizado por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, e da Universidade Tufts, nos EUA, acaba de traçar a associação entre fertilidade e percepção da orientação sexual dos homens. Mas só de homens. De acordo com os pesquisadores, o efeito não pode ser observado quando a mulher tenta julgar outra mulher.

"Isso sugere que a fertilidade influencia a atenção de uma mulher heterossexual para parceiros em potencial, mais do que simplesmente aumentar a sensibilidade para a orientação sexual ou pistas não verbais gerais", ressalta o coordenador do estudo, Nicholas Rule, professor do Departamento de Psicologia da Universidade de Toronto.

Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores realizaram três experimentos. No primeiro, quarenta mulheres (que não usavam anticoncepcionais e informaram a data da última menstruação) tiveram que identificar a orientação sexual de homens vendo oitenta imagens 'neutras' de rostos masculinos, ou seja, sem expressões emotivas que pudessem induzir ao acerto. Metade era homossexual e outra metade, heterossexual. Quanto mais próximas elas estavam do pico de ovulação, mais acuradas eram as respostas.

O segundo teste contou com 34 mulheres que tiveram que observar o rosto de duzentas mulheres — cada metade com uma orientação sexual. Neste caso, os pesquisadores não encontraram relação entre a fertilidade e a capacidade de perceber de forma acurada a orientação sexual. Elas simplesmente não conseguiam dizer se a outra mulher era lésbica ou não.

Mas uma pergunta era necessária: a percepção feminina em relação aos homens ficava mais aguçada apenas durante a ovulação ou em qualquer circunstância em que, como no período mais fértil, o homem passava a ser visto como um alvo importante?

Para responder esta questão, a equipe realizou uma terceira experiência. Quarenta mulheres leram histórias românticas e outras quarenta não leram. Depois, foram submetidas aos mesmos testes realizados anteriormente. Os resultados mostraram claramente que a atmosfera de romance aumentou a capacidade que elas têm de detectar bons partidos apenas pelo olhar.

Fonte: Veja
Créditos: Rede Lésbica


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Bem, estou tentando fazer o blog ficar um pouco mais dinâmico, então... rs
(E não deixar criar teias de aranha quando eu não tiver tempo/inspiração para postar.)
Espero que gostem do artigo. Eu, particularmente, achei muito interessante!
Estou criando um novo post na minha cabeça... Fora as muitas ideias que tenho. Só preciso de um pouco de tempo e inspiração para escrever. Prometo não decepcionar os leitores do blog! =P

Rainbow Kisses!

PS: Decidi que responderei os comentários nas janelinhas. Então, quem for comentar, fique ligado nas respostas. :D

segunda-feira, 11 de julho de 2011

South of Nowhere

Bem, antes de mais nada, peço desculpas por não estar postando com tanta frequência...
Estou com várias ideias para posts, mas estou meio sem tempo. Tentarei compensar!

Hoje pretendo falar sobre o seriado South of Nowhere. (Editando: Indicado pela FaMa! Obrigada!)
Segundo o Wikipédia, seu primeiro episódio foi exibido em Novembro de 2005 e o último em Dezembro de 2008.
Ele tem 3 temporadas, que variam de 11 a 17 episódios. Parece muito, mas não é. Cada episódio tem, no máximo, 25 minutos - ao contrário da maioria dos seriados, que possuem aproximadamente 50 minutos. (Tanto é que assisti ele inteiro de 5ª feira retrasada a 3ª feira passada. Super rápido para quem não estava tão desocupada! LOL)
A explicação disso é que ele é destinado ao público jovem, ao contrário de The L Word, The Real L Word e Lip Service. A maioria desses seriados são bem curtos, o que faz com que a história não precise ser muito profunda. E é assim em South of Nowhere.
A história não é muito enrolada, por causa do tempo de cada episódio. Isso faz com que uma situação mude de uma hora para outra. Algumas pessoas não gostam disso, pois dá a impressão de que "jogaram" a informação de qualquer jeito, mas eu adorei! Para mim, tudo ficou muito bem amarrado. Claro que, em alguns momentos, pensei que algumas coisas poderiam ser colocadas de forma diferente, mas, quando pensei no tempo, percebi que eles fizeram da melhor forma possível.

Como sempre faço, vou falar um pouco da história/de cada personagem:

O seriado começa quando a família Carlin se muda de Ohio para Los Angeles, por causa do novo emprego de Paula, que é médica. Ela é casada com Arthur, assistente social. Eles são pais de Glen, Clay e Spencer.
Glen é um ótimo jogador de basquete. Ele era o melhor da equipe de Ohio e, quando vai para LA, se torna uma ameaça para Aiden Dennison, o cestinha da equipe de LA. A partir do momento que Glen consegue superá-lo, o namoro de Aiden com a chefe das líderes de torcida, Madison Duarte fica por um fio. Madison é o tipo de garota que coloca o status do namorado como base do relacionamento.
Clay é filho adotivo de Paula e Arthur. Foi adotado quando tinha 8 anos. Ele é um excelente aluno. Ao conhecer Chelsea Lewis, uma aluna de artes, ele se mete numa briga com seu namorado, que fica com ciúmes e maltrata Chelsea. Clay a defende e conquista o respeito de Sean Miller, que, assim como ele, é negro. Primeiramente, Clay pensa que Sean é um marginalzinho, mas, com o tempo, percebe que ele é muito culto e inteligente, assim como ele.
Spencer é líder de torcida. Ela começa a andar com Ashley Davies, uma garota rebelde que não recebe muita atenção da mãe e do pai (que, por sinal, é um astro do rock) e é ex-namorada de Aiden e rival de Madison. Por causa disso, Madison a faz escolher entre a equipe de torcida e Ashley. Apesar de ter um pouco de receio da suposta homossexualidade de Ashley, Spencer prefere a amizade dela à equipe. Nem preciso dizer o que acontece, não é mesmo?!

Bem, super recomendo o seriado! Gostaria de tê-lo descoberto antes, quando estava confusa e sem rumo, já que The L Word é um pouco chocante no começo. Para quem já se aceitou completamente e já se assumiu, é provável que ache o seriado um tanto sem graça, até porque não tem cenas de sexo e poucos beijos.
Eu achei mega fofo! Deu até aquele calorzinho no peito vendo as cenas da Spencer + Ashley (Spashley, como diz a própria Ashley). (É, eu sinto isso quando vejo cenas muito fofas! >D#)
Também adoreeei as frases da Spencer para a mãe dela! Vou até anotar num caderninho para quando eu me assumir, viu! LOL
Eu, particularmente, me identifiquei tanto com a Ashley tanto quanto a Spencer. E elas me fizeram lembrar do meu primeiro (e único) namoro. Sério, muuuitas situações que vivi com minha ex-namorada foram as mesmas das duas. É de assustar! o-o'

Well, sinceramente, achei esse post muito mal escrito, mas, por favor, relevem. @-@

Rainbow kisses!

PS: Vocês querem que eu comente os comentários de vocês na janelinha ou não precisa?

PS2: Só porque AMAY o casal Spashley, colocarei uma foto das duas no final deste post. Elas são fofas demaaaaaaaaaaaaaais!


Ashley + Spencer = Spashley!

domingo, 3 de julho de 2011

Not your toy...

I really don't understand u.
U broke my heart soooo many times, and now u pretend you didn't?!
You act like we're still together, but, come on, we're not! U know that, don't u?!
I'm not in love with u anymore. U'r not in love with me either. So... It doesn't make any sense to me.
Stop acting like I'm still your girlfriend! I am not!
And, sorry, I'm not attracted to u anymore. Don't say things u used to say as my feelings didn't change. Everything changed.
The most stupid part is that u'r not in love with me. U'r in love with a BOY. So... Stop pretending we're together just because he doesn't give a fuck to u.
I'm not a fucking toy, okay?!
I'm in love with someone else. My feelings for u changed.
I gave my heart to u. U broke it, I asked it back. It's not yours anymore.
U'r really pissing me off.
I'm not your toy. Get over it.

(Rainbow kisses.)

Se você não entende inglês e quer entender o post, sinta-se a vontade para me perguntar.
Não, eu não quero me exibir. Só pensei sobre o assunto em inglês (isso acontece com uma certa frequência).
And if u see any English mistake, just ignore it, please.

sábado, 25 de junho de 2011

Lip Service

Antes de começar uma nova postagem, gostaria de agradecer à FaMa pelo lindo comentário!
Fiquei muito feliz em lê-lo, de verdade. Agora tenho a certeza de que abrir o blog foi a melhor coisa que já fiz por aqui. Estou sem palavras! E, espero que eu esteja realmente ajudando as pessoas! Até aquelas que não comentam. Fiquei muito feliz meeeeesmo (fez o meu dia! :D)!

Bem, hoje pretendo falar sobre outro seriado, o Lip Service.
(Já vi há um tempinho, mas fiquei sem ânimo de postar sobre isso...)

Antes de falar sobre o seriado, queria dizer que, segundo o Wikipédia, lip service significa "giving approval or support insincerely" ("aprovar ou apoiar de maneira falsa"). Bem, acho que boa parte das pessoas pensa que lip service tem a ver com sexo oral, mas...
Bem, não sei dizer qual foi a verdadeira intenção dos produtores.
Enfim...

Dizem que Lip Service é como se fosse a versão britânica de The L Word (e com menos personagens). Bem, eu discordo um pouquinho, porque é um seriado mais denso. Não tem o lado comédia de TLW... (Mas isso pode ser porque os britânicos são mais sérios.)

Frankie Alan (a butch mais bonita que eu já vi! Deixa a Shane no chinelo! rs) é uma fotógrafa que mora em Nova Iorque, mas foi nascida e criada em Glasgow, Escócia, pelos tios, pois seus pais morreram num acidente de carro. Frankie decide voltar para sua cidade natal logo após descobrir que sua tia havia falecido e que ela queria lhe contar algo antes de morrer. No decorrer da temporada, ela tenta descobrir o que sua tia queria lhe dizer, já que seu tio insiste em dizer que não sabe de nada. Ela também é beeeem mulherenga. Inclusive, se mete em problemas ao se envolver com uma cleptomaníaca, Sadie Anderson, vendedora de imóveis.

Cat MacKenzie (femme) é arquiteta e ex-namorada de Frankie. Frankie fez com que ela largasse a namorada para ficar com ela, mas a abandonou logo em seguida. Quando Cat está começando a (finalmente) se envolver com outra mulher (no caso, Sam Murray (butch), uma policial/detetive), Frankie volta para a Escócia e começa a "atormentar" a pobre Cat novamente. (lol)

Ed MacKenzie, escritor em ascenção, é irmão de Cat. Ele é secretamente apaixonado por Tess Roberts (femme) (MIL CORAÇÕES AQUI <3), modelo&atriz frustrada, que é companheira de apartamento de Cat (e lésbica, para a infelicidade de Ed). Na verdade, a Tess não é apenas frustrada profissionalmente. Sua vida amorosa é um caos! No começo do seriado, ela tinha acabado de romper um relacionamento de anos. Depois, se envolve com uma hétero famosa, Lou Foster (corações aqui também <3), que só quer curtir com ela... É como se ela estivesse passando sua fase "negra" durante a temporada. rs

Jay Bryan Adams é um arquiteto mulherengo que trabalha com Cat. Ele quer se casar com Becky, enfermeira, mas, para isso, precisa amadurecer. Ele é super amigo da Frankie.
(Aliás, TODOS os personagens são amigos de "longa" data. Menos a Sam.)

Assim como The Real L Word (que, por sinal, está MUITO chato na segunda temporada! Vou ver se posto sobre isso outro dia...), o seriado é bem recente. Sua primeira temporada começou a ser exibida em Outubro de 2010. A gravação da segunda temporada começou em Março, segundo o Wikipédia. rs Estou bem ansiosa para assistir!
Uma coisa que me surpreendeu foi o número de episódios. Apenas SEIS! :O E eu achando que The Real L Word que era pequeno (nove episódios na primeira temporada)...

Bem, por enquanto, é isso! :D

Rainbow kisses!

PS: Não é que eu goste de classificar as lésbicas, mas sempre comento sobre isso para vocês terem uma ideia de como é cada personagem. :D

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Como identificar uma lésbica (20 dicas)

1. Amor pelos animais;
2. Vegetarianas (ou que pretendem ser);
3. Olhares retos e pesados: Lésbicas geralmente olham de forma mais firme;
4. Necessidade de toque;
5. Auto supervisão ao falar (Para não dar "pinta");
6. Não tendência à maquiagem: De alguma forma, meninas héteros parecem que nascem sabendo como se maquiar;
7. Desordem nos pés: É comum encontrar lésbicas que sofrem com a “síndrome do sapato errado” (É difícil combinar roupa + sapato...);
8. Não a bolsas, sim a mochilas;
9. Sintoma incômodo constante de deslocalização da mão;
10. Unhas curtas;
11. Amor por esportes;
12. Facilidade em aprender coisas relacionadas a eletrônicos, eletricidade e etc;
13. Apego exagerado ao celular (Para que ninguém leia as mensagens&afins);
14. Procure por Tatuagens (Ou tente saber se ela quer fazer uma);
15. Andar pesado (Não sei se tenho isso... Ainda estou me observando lol);
16. Vida virtual (Você tem que checar como a garota age online. Como ela fala e tal... A falta de informações também pode indicar algo);
17. Imposição Natural de Voz;
18. Abelhas Rainhas (Você tem que ver se a garota checa caras ou meninas!);
19. Fale da Angelina Jolie (A maioria das lésbicas a adora! lol);
20. Pergunte a sua mãe (Dizem que mãe nunca erra... Não sei se minha mãe acertaria não, viu...! lol).

Fonte: As coisas dela (Aqui e aqui).

Well, todas as características em negrito são pontos para mim. Total de 18 pontos!
Obviamente, essas características não são exclusivas para lésbicas, mas, em geral, fazem bastaante sentido! lol (E, claro, tem lésbicas que não apresentam essas características.)
Bem, achei super interessante! =P

Rainbow kisses!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Dá para notar?

Sabe quando você gosta de uma pessoa?
Como faz para arrumar coragem e dizer isso à ela?

Eu sou boa com as palavras. Eu sei expressar o que sinto.
Mas a coragem................................
Demonstrar com gestos também não faz meu tipo.
Tenho medo de que a pessoa pense que estou atacando ela, ou coisas do tipo.
Morro de vontade de abraçar, apertar e tudo mais... Mas eu travo miseravelmente.
Por.puro.medo.e.vergonha. Mais medo de ser rejeitada do que vergonha.

E tudo o que eu digo parece tão inútil e desinteressante! u.u'

Sei que pode parecer fofo e fácil de lidar, mas não é.
Quem acha fofo apenas... Acha fofo. Mas não ajuda.
E acaba me vendo como a amiguinha fofa. (Ou problemática, o que é ainda pior lol)
Eu.não.quero.ser.amiguinha.
Eu quero ser vista como alguém digna de receber carinho e atenção. Alguém digna de se entregar o coração.
Talvez isso seja precipitado, mas é a longo prazo.

Eu abro meu coração para a pessoa (que coisa mais gay! u.u'), mas não sei como fazer a pessoa perceber isso.
Porque as pessoas querem alguém que tome atitude. E eu, definitivamente, não sei fazer essas coisas.

Pode facilitar minha vida, meu bem?

Nem sei direito quem lê essa merda de blog, mas tudo bem. É tão ruim assim comentar um "Eu li" no blog gay da amiga? Tem um botãozinho embaixo, minha gente.
Daí eu não me sinto tão forever alone, que tal?

Aff, véi.
Será que você não nota? =\
Se nota, será que você pode me falar? lol
Porque né... Sou idiota.
Se receber uma cartinha gay é o que você quer, então está tudo bem.
Porque eu, com certeza, não vou te agarrar.
(Por medo, por respeito, por vergonha.)

Rainbow kisses.

PS: Sei que vou me arrepender de ter escrito essas coisas, maaaaas.... Falar com as pessoas não adianta.

PS2: Percebam que a minha vida amorosa está tão lixo que nem tenho tempo de sentir medo do futuro caos familiar. lol
Ok, eu não tenho vida amorosa. Mas eu bem que tento, viu. lol

domingo, 19 de junho de 2011

Deixando o armário!

É, definitivamente você gosta de garotas, e agora?

Você sente algo diferente por aquela garota, tem ciúmes dela, procura saber tudo dessa mulher que está mexendo com você e não deveria!

Vasculha escondido sites sobre homossexualidade (depois apaga o histórico, lógico), procura na internet descobrir o que está acontecendo e muitas vezes “rotula” essa situação de “fase”.

Você já morreu de vontade de comprar um livro sobre a temática, mas hesitou por medo que alguém visse ou pegasse você lendo?

Já entrou em contato com sites de vendas de livros e teve cuidado em questionar se a entrega é feita em embalagem discreta, se a fatura do cartão de crédito sairá com o nome do título do livro que escolheu?

Já se pegou falando sozinha que jamais poderá aceitar essa “fase” porque em sua profissão será discriminada? Ou sua religião não permite?

Enfim…

Negação, medo, solidão e muitas dúvidas.

Quem já não passou ou está passando por isso na hora em que finalmente se “descobre” gay?

A resposta certamente é: A grande maioria!

Não existe nenhuma comprovação que a educação ou influências externas “causem” a homossexualidade e muito menos um momento em que nos “tornamos gays”.

Alguma de vocês que esteja lendo esse texto agora, independente de ser gay ou hétero, passou por um momento em que “alguém” perguntou se você prefere ser homossexual ou heterossexual?

Pois é, não temos escolha, ou somos ou não somos. O que temos é a opção de assumir-se ou não.

Então, resta a você obrigatoriamente dois caminhos…

Dois caminhos bem diferentes com consequências muito distintas, mas, que provavelmente definam uma vida.

Se você optar em forçar-se heterossexual, provavelmente terá uma vida sem muita exposição, sem muitos questionamentos, sem muitas barreiras e sem preconceito. Poderá casar-se ou não, poderá constituir família dentro dos padrões “normais” ou não, o sexo poderá ser satisfatório ou não, poderá ter uma vida tranquila e sem grandes riscos.

Se você optar em “sair do armário”, provavelmente terá várias e várias barreiras para quebrar, terá sua vida passível de intromissões, poderá sofrer algum tipo de preconceito em determinado momento (isso é triste, mas é hipocrisia fingir quer preconceito não existe), ter de enfrentar família, amigos, vizinhos etc. Terá que ter coragem, paciência e força de vontade para ultrapassar essa fase de transição (às vezes é rápida, às vezes não, mas sempre passa) e finalmente poder ser você mesma, sem culpa, com respeito e viver ao lado de quem você quiser.

Claro que nem tudo é tão simples assim, muitas vezes a maior luta é aquela que travamos com nós mesmas.

Aquela que faz com que passemos noites em claro, com medo de pensar naquela garota que está mexendo com a gente e principalmente com um pânico de aceitar que somos… Lésbicas!

LÉSBICA! Essa palavra de início assusta.

Assumir-se lésbica exige coragem, mas antes de tudo exige honestidade com você mesma. E posso afirmar, no momento em que você se aceita, as pessoas ao seu redor começam a aceitar também e vão respeitar você, e finalmente desejar sua felicidade.

Ah! Aceitar-se não significa ter que sair espalhando aos quatro cantos, o tempo é seu, quem coordena a ordem de tudo é você!

Portanto lembre-se: Você tem dois caminhos na sua frente, escolha com sabedoria e determine sua felicidade!

Desejo a vocês um excelente final de semana e me despeço deixando uma dica para aquelas que estão na dúvida se deixam ou não o armário…

Dica: Um dos maiores erros é pecar pelo excesso de cuidado em disfarçar, até porque convenhamos, muitas vezes a gente TEM CERTEZA que não da a menor “pinta”, mas a maior galera já sacou que você é gay há séculos! ;-)

fonte: Parada Lésbica

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Nunca um texto foi tão preciso!
Posso dizer que já passei da fase de me assustar com a palavra "lésbica".
O que falta agora é me assumir para minha família e esperar que tudo fique bem. (:
Bem, acho que, no fundo, eles já sabem. Mas uma coisa é eles acharem, outra é ter certeza.
Ainda não é a hora.

Enfim, achei que este texto era digno de ser postado aqui. =P

Rainbow kisses!